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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Terapia Ocupacional e Saúde do Trabalhador


Cada vez mais, o trabalho é muito importante para as pessoas, e é nesse ambiente que passam grande parte do seu dia. No entanto, o trabalho pode ser fonte de adoecimento, se não proporcionar ao trabalhador adequadas condições de trabalho, podendo acarretar várias doenças ocupacionais.

As doenças ocupacionais têm vindo a crescer ponto de vista da saúde colectiva, causando, além de gastos financeiros para as Entidades Empregadoras, enormes dificuldades sociais. Entre as principais doenças relacionadas à organização do trabalho, destacam-se as Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – LER/DORT e os sofrimentos psíquicos relacionados ao trabalho. Nessas doenças, as dificuldades estão em definir a natureza exacta da sua etiologia, mensurar e qualificar a dor e/ou sofrimento, a subjectividade e a invisibilidade. Aspectos referentes às condições e à organização do trabalho contribuem, de diferentes formas, para o acometimento dos trabalhadores: a produção com ritmo e velocidade acelerados; a intensificação da sobrecarga; o aumento dos movimentos repetitivos; a utilização das posições anatomicamente inadequadas para o ser humano; a sobrecarga nos grupos musculares e tendões; as relações autoritárias de poder; as desconfianças e competições entre os trabalhadores; a impossibilidade do trabalhador contribuir com sua experiência e aprendizado sobre o trabalho, etc.

A partir da compreensão de que o trabalho é gerador de doenças e sofrimento, a prevenção ganhou espaço e foi abordada principalmente através das condições e da organização do trabalho. Além disso, cresceu o número de trabalhadores excluídos socialmente. Portanto, deve-se intervir na prevenção no próprio espaço de trabalho e na reinserção social para os afastados/excluídos do mercado de trabalho.

A Terapia Ocupacional em saúde do trabalhador apresenta-se como uma ciência que realiza um trabalho integrado com outras ciências relacionadas à saúde, onde o Terapeuta Ocupacional está apto a procurar a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e orientando a participação dos mesmos em actividades seleccionadas para facilitar, restaurar, fortalecer e promover a saúde.

A Terapia Ocupacional intervém em diferentes niveis, dependendo do objetivo do tratamento (primário, secundário ou terciário).

  • No Nível Primário ou Preventivo o Terapeuta Ocupacional busca analisar o processo de trabalho, conhecendo detalhadamente a função de cada trabalhador sugerindo aos responsáveis pela empresa ou instituição, quando necessário, a modificação no processo do mesmo
  • No Nível Secundário ou Curativo o Terapeuta Ocupacional realiza uma avaliação do trabalhador, observando aspectos como dor, limitação da amplitude de movimento (ADM), presença de encurtamentos, força muscular (FM), coordenação motora e níveis de stress.
  • No Nível Terciário ou Reabilitador o Terapeuta Ocupacional trabalha aspectos alterados, contribuindo para a prevenção de deformidades e para a manutenção da capacidade residual, promovendo, quando necessário a troca de lateralidade, indicando junto ao trabalhador e à equipe uma nova função, ou a indicação de órtoteses ou próteses que facilitem o desempenho das diversas actividades.
Vejamos exemplos práticos que podem ajudar evitar doenças ocupacionais:
Postura correcta ao computador



Como levantar correctamente pesos





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